Por Equipe Neticom
Em 23/11/2020
Vamos começar a pensar no ano de 2021 - O consumidor está cada vez mais crítico e cobra posicionamento das marcas

Este ano de 2020 é histórico e ficará marcado na lembrança de todos nós, afinal, em meio a uma crise de saúde pública, ainda vivemos crises políticas, econômicas e eleições, tanto nos EUA quanto em nossos municípios. Todos esses acontecimentos, principalmente esses mais recentes, como a escolha do povo americano pelo democrata Joe Biden para presidente dos Estados Unidos, tanto a ascensão de um candidato como Guilherme Boulos do PSOL para o segundo turno da prefeitura de São Paulo são episódios fundamentais e revelam um anseio público que devem influenciar as estratégias tomadas pelas marcas a partir de agora.

Em um contexto internacional, a vitória de Joe Biden sobre o atual e polêmico presidente Donald Trump modifica o posicionamento do país frente à temas como o combate a pandemia e políticas ambientais, embora algumas questões americanas mantenham-se intactas, não podemos negar que o mundo passará por uma transformação novamente.

No Brasil, o candidato Guilherme Boulos fez uma campanha que encerrou o primeiro turno da eleição paulista com uma reviravolta, disparou nas pesquisas de boca de urna, derrubando o candidato Celso Russomano para a quarta posição. A propaganda política que o PSOL, junto com o Guilherme Boulos vem desenvolvendo nos últimos tempos reativou o desejo dos jovens por política, por meio de redes sociais como Twitter, Youtube, Instagram, até mesmo no universo dos Games Online e por aplicativos de mensagens como WhatsApp, Boulos criou uma campanha que teve o objetivo de fazer dele, um político acessível às pessoas, é como se elas pudessem realmente tomar um café com ele e bater um papo sobre política.

Esses desdobramentos nos mostram pontos importantes que tendem a influenciar o posicionamento das marcas nos próximos meses, entendemos que o público está cada vez mais crítico e não se contenta com mensagens de apoio ou apenas ações sociais, ele pede opinião, quer conversar e acessar verdadeiramente as marcas, e entende, que quando não existe o posicionamento sobre algum assunto polêmico por parte de uma organização, é quase como se todos ali, optassem pela concordância.

A prova de que o consumidor está cada vez mais crítico pode ser constatada com ações como o Sleeping Giants, por exemplo, um grupo liberal de ativistas digitais que combate discursos de ódio e desinformação de forma anônima na internet. Resumidamente, ele tem a função de seguir o dinheiro das grandes corporações que são adicionadas em medias online pagas como o Google Ads, e em caso desses anúncios aparecerem em sites ou blogs que disseminam conteúdos falsos são expostas publicamente e enviadas notificações para as empresas. A partir daí, espera-se um posicionamento da marca, caso contrário, o público pode decidir boicotar a empresa, como o recente caso do PagSeguro com Olavo de Carvalho.

O autointitulado filósofo Olavo de Carvalho vendia seu curso pelo PayPal e PagSeguro, mas a plataforma PayPal bloqueou sua conta após uma pressão pública e denúncias de disseminação de fake news por parte de Olavo. Já o PagSeguro, segue sendo a única empresa que ainda remunera e lucra ao lado do pseudo filósofo. Segundo o Sleeping Giants, o financiamento ao guru contradiz os termos de uso do PagSeguro, então existe uma pressão para pedir que os acionistas cobrem uma postura da marca em relação a isso. Enquanto isso, foi criado um site chamado bloqueiapagseguro.com para as pessoas que decidirem apoiar o Sleeping Giants possam assinar e enviar um e-mail pressionando os investidores a retirarem o dinheiro da plataforma caso não seja bloqueada a conta de Olavo de Carvalho.

Para terminar, nunca existiu mágica para que a estratégias de marketing fossem incríveis, e agora não é diferente, além do fato de que continuaremos lidando com a pandemia do novo coronavirus por um bom tempo e que a regra continua sendo o distanciamento social com muito álcool em gel, é preciso estar atento ao que o público está esperando das grandes marcas. 

E uma coisa é comum para quase todas as empresas: o consumidor está esperando posicionamentos e ações verdadeiras frente à desinformação, por isso, estejamos atentos! Não queremos ser lembrados como aquela empresa que patrocinou FakeNews durante o ano da pandemia, não é mesmo?

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